segunda-feira, maio 18, 2009

sábado, fevereiro 07, 2009

sexta-feira, dezembro 19, 2008

Sobre o poder - Fradique Mendes




Fradique Mendes, ilustre personagem de sublime irreverência, criada no século XIX por Ramalho Ortigão e Eça de Queiróz, aproveita a sua vasta correspondência para tecer as mais audazes críticas a questões sociais e políticas da sociedade da sua época. É, no entanto, da maior pertinência verificar como actualmente o país, não só mantém os traços que são criticados por F.M., como, mais ainda, os desenvolveu e os agudizou. Senão, vejamos: substituamos, no seguinte texto de F.Mendes, os nomes correlativos aos grandes poderosos históricos, por nomes da realidade politica actual, e verifiquemos como hoje, muitas coisas permanecem invariavelmente iguais, à sociedade de então.


A OLIVEIRA MARTINS

Paris, Maio

Querido Amigo .--Cumpro enfim a promessa feita na sua erudita ermida das Águas Férreas, naquela manhã de Março em que conversávamos ao sol sobre o carácter dos Antigos, --e remeto, como documento, a fotografia da múmia de Rameses II (que o francês banal, continuador do grego banal, teima em chamar Sesóstris), recentemente descoberta nos sarcófagos reais de Medinet-Abou pelo professor Maspero.

Caro Oliveira Martins, não acha V. picarescamente sugestivo este facto-- Ramsés fotografado ?... Mas aí está justificada a mumificação dos cadáveres, feita pelos bons Egípcios com tanta fadiga e tanta despesa, para que os homens gozassem na sua forma terrena, segundo diz o Escriba, «as vantagens da Eternidade!» Rameses, como ele acreditava e lhe afirmavam os metafísicos de Tebas, ressurge efectivamente «com todos os seus ossos e a pele que era sua», neste ano da Graça de 1886. Ora 188ó, para um Faraó da décima-nona dinastia, mil e quatrocentos anos anterior a Cristo, representa muito decentemente a Eternidade e aVida Futura . E eis-nos agora, podendo contemplar as «próprias feições» do maior dos Ramesidas, tão realmente como Hokem seu Eunuco-Mor, ou Pentaour seu Cronista-Mor, ou aqueles que outrora em dias de triunfos corriam a juncar-lhe o caminho de flores, trazendo «os seus chinós de festa e a cútis envernizada com óleos de Segabai». Aí o tem V. agora diante de si, em fotografia, com as pálpebras baixas e sorrindo. E que me diz a essa face real? Que humilhantes reflexões não provoca ela sobre a irremediável degeneração do homem! Onde há aí hoje um, entre os que governam povos, que tenha essa soberana fronte de calmo e incomensurável orgulho; esse superior sorriso de omnipotente benevolência, duma inefável benevolência que cobre o Mundo; esse ar de imperturbada e indomável força; todo esse esplendor viril que a treva de um hipogeu, durante três mil anos, não conseguiu apagar? Eis aí verdadeiramente um Dono de homens ! Compare esse semblante augusto com o perfil sorno, oblíquo e bigodoso dum Napoleão III; com o focinho de buldogue acorrentado dum Bismarque; ou com o carão do Czar russo, um carão parado e afável que podia ser o do seu Copeiro-Mor. Que chateza, que fealdade tacanha destes rostos de poderosos!

Donde provém isto? De que a alma modela a face, como o sopro do antigo oleiro modelava o vaso fino:--e hoje, nas nossas civilizações, não há lugar para que uma alma se afirme e se produza na absoluta expansão da sua força. Outrora um simples homem, um feixe de músculos sobre um feixe de ossos, podia erguer-se e operar como um elemento da Natureza. Bastava ter o ilimitado querer--para dele tirar o ilimitado poder. Eis aí em Rameses um ser que tudo quer e tudo pode, e a quem Ftás, o Deus sagaz, diz com espanto: «a tua vontade dá a vida e a tua vontade dá a morte!» Ele impele a seu bel-prazer as raças para Norte, para Sul ou para Leste; ele altera e arrasa, como muros num campo, as fronteiras dos reinos; as cidades novas surgem das suas pegadas; para ele nascem todos os frutos da terra, e para ele se volta toda a esperança dos homens; o lugar para onde volve os seus olhos é bendito e prospera, e o lugar que não recebe essa luz benéfica jaz como «o terrão que o Nilo não beijou»os deuses dependem dele, e Amnon estremece inquieto quando, diante dos pilones do seu templo Rameses faz estalar as três cordas entrançada.s do seu látego de guerra! Eis um homen --e que seguramente pode afirmar no seu canto triunfal: --«Tudo vergou sob a minha força: eu vou e venho com as passadas largas dum leão; o rei dos deuses está à minha direita e também à minha esquerda; quando eu falo o Céu escuta; as coisas da Terra estendem-se a meus pés, para eu as colher com mão livre; e para sempre estou erguido sobre o trono do mundo!»

«O mundo», está claro, era aquela região, pela maior parte arenosa, que vai da cordilheira Líbica à Mesopotamia: e nunca houve mais petulante ênfase do que nas Panegíricas dos Escribas. Mas o homem é, ou supõe ser, inigualavelmente grande. E esta consciência da grandeza, do incircunscrito poder vem necessariamente resplandecer na fisionomia e dar essa altiva majestade, repassada de risonha serenidade, que Rameses conserva mesmo além da vida, ressequido, mumificado, recheado de betume da Judeia.

Veja V., por outro lado, as condições que cercam hoje um poderoso do tipo Bismarque. Um desgraçado desses não está acima de nada e depende de tudo. Cada impulso da sua vontade esbarra com a resistência dum obstáculo. A sua acção, no Mundo, é um perpétuo bater de crânio contra espessuras de portas bem defendidas. Toda a sorte de convenções, de tradições, de direitos, de preceitos, de interesses, de princípios, se lhe levanta a cada instante diante dos passos, como marcos sagrados. Um artigo de jornal fá-lo estacar, hesitante. A rabulice dum legista obriga-o a encolher, precipitadamente, a garra que já ia estendendo. Dez burgueses nédios e dez professores guedelhudos, votando dentro duma sala, estatelam por terra o alto andaime dos seus planos. Alguns florins dentro dum saco, tornam-se o tormento das suas noites. É-lhe tão impossível dispor dum cidadão como dum astro. Nunca pode avançar duma arrancada, erecto e seguro tem de ser ondeante e rastejante. A vigilância ambiente impõe-lhe a necessidade vil de falar baixo e aos cantos. Em vez de «recolher as coisas da terra, com mão livre»--surripia-as às migalhas, depois de escuras intrigas. As i rresis tíveis correntes de ideias, de sentimentos, de interesses, trabalham por baixo dele, em torno dele: e parecendo dirigi-las, pelo muito que braceja e ronca de alto, é na realidade por elas arrastado. Assim um omnipotente, do tipo Bismarque, vai por vezes em aparência no cimo das grandes coisas;--mas como a bóia solta, vai no cimo da torrente.

Miserável omnipotência! E o sentimento desta miséria não pode deixar de influenciar a fisionomia dos nossos poderosos, dando-lhe esse feitio contrafeito, crispado, torturado, azedado e sobretudo amolgado que se nota na cara de Napoleão, do Czar, de Bismarque, de todos os que reúnem a maior soma de poder contemporaneo--o feitio amolgado duma coisa que rola aos encontrões, batendo contra muralhas.

Em conclusão:--a múmia de Rameses II (única face autêntica do homem antigo que conhecemos) prova que, tendo-se tornado impossível uma vida humana, vivida na sua máxima liberdade e na sua máxima força, sem outros limites que os do próprio querer--resultou perder-se para sempre, no tipo físico do homem, a suma e perfeita expressão da grandeza. Já não há uma face sublime: há carantonhas mesquinhas, onde a bilis cava rugas por entre os recortes do pêlo. As únicas fisionomias nobres são as das feras, genuinos Rameses no seu deserto, que nada perderam da sua força, nem da sua liberdade. O homem moderno, esse, mesmo nas alturas sociais, é um pobre Adão achatado entre as duas páginas dum código.

Se V. acha tudo isto excessivo e fantasista, atribua-o a que jantei ontem, e conversei inevitavelmente, com o seu correligionário P., conselheiro de Estado, e muchas cosas más . Más em epanhol; e más também em português no sentido de péssimas. Esta carta é a reacção violenta da conversa conselheiral e conselheirífera. Ah, meu amigo, desditoso amigo, que faz V. depois de receber o fluxo labial dum conselheiro? Eu tomo um banho por dentro--um banho lustral, imenso banho de fantasia, onde despejo, como perfume idóneo, um frasco de Shelley ou de Musset. Amigo certo et nunc et semper .-- Fradique Mendes.

O Pensamento Único (1) - Fradique Mendes

Fradique Mendes, foi uma personagem inventada pelo grupo cenáculo (dos ilustres Ramalho Ortigão e Eça de Queiroz). Era um poeta, excêntrico, viajado, culto, sempre a par das últimas conquistas da ciência, e um irreverente, à semelhança de Baudelaire. Da sua obra faz parte uma vasta correspondência, da qual destacamos a seguinte carta, escrita ao seu alfaiate, pela maneira crítica e sagaz com que aborda a questão do Pensamento Único. Actualmente, este tema é um dos que nos são mais caros, formantando a nossa civilização e limitando a nossa liberdade de expressão. O pensamento único, é pois o resultado de um molde de sapatos, onde é obrigatório caberem todos os pés, resultando daí: todos os calos, feridas e doenças que caracterizam a nossa sociedade; e toda a perseguição política e ideológica que se faz sentir a quem ousa calçar um número ou modelo diferente de sapatos.

A E. STURMM, ALFAIATE

Lisboa, Abril.

MEU bom Sturmm.--A sua sobrecasaca é perfeitamente insensata. Ali a tenho, arejando à janela, nas costas de uma cadeira; e assenta tão bem nessas costas de pau, como assentaria nas do comandante das Guardas Municipais, nas do Patriarca, nas de um piloto da barra ou nas de um filósofo, se o houvesse nestes reinos. Quero, pois, severamente dizer que ela não possui individualidade.

Se V., bom Sturmm, fosse apenas um algibebe, embrulhando a multidão em pano Sedan para lhe tapar a nudez-- eu não faria à sua obra esta crítica tão alta e exigente. Mas V. é alemão, e de Conisberga, cidade metafísica. A sua tesoura tem parentesco com a pena de Emanuel Kant, e legitimamente me surpreende que V. não a use com a mesma sagacidade psicológica.

Não ignora V., decerto, que ao lado da filosofia da história e de outras filosofias, há ainda mais uma, importante e vasta, que se chama a filosofia do vestuário; e menos ignora, decerto, que aí se aprende, entre tanta coisa profunda, esta, de superior profundidade: que o casaco está para o homem como a palavra está para a ideia.

Ora, para que serve a palavra, Sturmm? Para tornar a ideia perceptível e transmissível nas relações humanas--como o casaco serve para tornar o homem apresentável e viável através das ocupações sociais. Mas é a palavra empregada sempre em rigorosa concordancia de valor com a ideia? Não, meu Sturmm.

Quando a ideia é chata ou trivial, alteia-se, revestindo-a de palavras gordas e aparatosas-- como todas as que se usam em política.

Quando a ideia é grosseira ou bestial, embeleza-se e poetiza-se, recobrindo-a de palavras macias, afagantes, canoras--como todas as que se usam em amor.

Por outro lado, escolhem-se palavras de uma retumbância especial para reforçar a veemência da ideia--como nos rasgos à Mirabeau--ou rebuscam-se as que pela estranheza plástica ajuntam uma sensação física à emoção intelectual-- como nos versos de Baudelaire

Temos pois que a palavra opera sobre a ideia, ou disfarçando-a ou acentuando-a. Vai-me V. seguindo, perspicaz Sturmm?

Tudo isto se aplica exactamente às conexões do casaco com o homem.

Para que talham os alfaiates ingleses certas sobrecasacas longas, rectas, rígidas, com um debrum de austeridade e ressudando virtude por todas as costuras? Para esconder a velhacaria de quem as veste. Você encontra em Londres essas sobrecasacas, nos meetings religiosos, nas sociedades promotoras da moralização dos pequenos patagónios e nos romances de Dickens. E para que talham eles esses fraques audazes bem acolchoados de ombros, quebrados e cavados de cinta, dando relevo aos quadris--sede da força amorosa? Para acentuar os corpos robustos e voluptuosos a que se colam. Você vê desses fraques aos Lovelaces, aos caçadores de dotes e a toda a legião dos entretenus.

Disfarçando-o ou acentuando-o, o casaco deve ser a expressão visível do carácter ou do tipo que, cada um, pretende representar entre os seus concidadãos.

Quem lhe encomenda pois um casaco, digno Sturmm, encomenda-lhe na realidade um prospecto. E nem precisa o alfaiate que aprofundou a sua arte, de receber a confissão do freguês. As ligeiras recomendações que escapam, inquietas e tímidas, na hora atribulada da «prova», bastam para que ele compreenda o uso social a que o cliente destina a sua farpela... Assim, se um cavalheiro de luvas pretas, com uma luneta de ouro entalada entre dois botões do colete, que move os passos com lentidão e reflexão, e, ao entrar, pousou sobre a mesa um número do Jornal do Economista, lhe diz, num tom de mansa reprovação, ao provar o casaco: «Está curto e justo de cinta--V. deve logo deduzir que ele deseja aquelas abas bem fornidas, flutuantes, que demonstram abundancia de princípios, circunspecção, amor sólido da ordem e conhecimento miúdo das pautas da Alfândega... Vai-me V. penetrando, bom Sturmm?

Ora, que lhe murmurei eu, em mau alemão, ao provar a sobrecasaca infausta? Esta fugidia indicação: «Que cinja bem!» Isto bastava para V. entender que eu desejava, através dessa veste, mostrar-me a Lisboa, onde a ia usar, sinceramente como sou--reservado, cingido comigo mesmo, frio, céptico e inacessível aos pedidos de meias libras... E, no entanto, que me manda V., Sturmm, num embrulho de papel pardo? V. manda-me a sobrecasaca que talha para toda a gente em Portugal, desgraçadamente: a sobrecasaca do conselheiro!

Digo «desgraçadamente»--porque vestindo-nos todos pelo mesmo molde, V. leva-nos todos a ter o mesmo sentir e a ter o mesmo pensar. Nada influencia mais profundamente o sentir do homem, do que a fatiota que o cobre. O mais ríspido profeta, se enverga uma casaca e ata ao pescoço um laço branco, tende logo a sentir os encantos dos decotes e da valsa; e o mais extraviado mundano, dentro de uma robe de chambre, sente apetites de serão doméstico e de carinhos ao fogão.

Maior ainda se afirma a influência do vestuário sobre o pensar. Não é possível conceber um sistema filosófico com os pés entalados em escarpins de baile, e um jaquetão de veludo preto forrado a cetim azul leva inevitavelmente a ideias conservadoras.

Você, pondo no dorso de toda a sociedade essa casaca de conselheiro, lisa, insípida, rotineira, pesabunda--está simplesmente criando um país de conselheiros!

Dentro dessa confecção banalizadora e achatante, o poeta perde a fantasia, o dândi perde a vivacidade, o militar perde a coragem, o jornalista perde a veia, o crítico perde a sagacidade, o padre perde a fé--e, perdendo cada um o relevo e a saliência própria, fica tudo reduzido a esse cepo moral que se chama o conselheiro! A sua tesoura está assim mesquinhamente aparando a originalidade do país! Você corta, em cada casaco, a mortalha de um temperamento. E se Camões ainda vivesse--e V. o vestisse--tínhamos em lugar dos Sonetos, artigos do Comércio do Porto.

quinta-feira, dezembro 18, 2008

quinta-feira, dezembro 04, 2008

sexta-feira, novembro 14, 2008

Lavagens Cerebrais no Ocidente

Veja-se o seguinte vídeo, uma entrevista a um elemento do kGB, para percebermos até que ponto se fazem lavagens cerebrais ás pessoas no Ocidente e como são eficazes. Substitua-mos também, o elemento União Soviética, pelo elemento islâmico e africano, e teremos o coktail perfeito para explicar a situação que vivemos actualmente. (Fonte: http://gladio.blogspot.com/ ).

quarta-feira, novembro 05, 2008

Nasceu o menino

domingo, outubro 05, 2008

Tácticas esquerdistas de guerrilha

Contra-argumentação

Argumentação pró-activa

Cerco seguido de saque

sexta-feira, agosto 08, 2008

quinta-feira, julho 31, 2008

Lughnasadh

quarta-feira, julho 23, 2008

terça-feira, julho 22, 2008

Centenas de ultraislamicos contentes com a detenção de Karadzic

É assim que os média fazem o retrato, retrato infeliz de um povo que sofreu tantas atrocidades para defender a sua existência. Dos 25 mil mortos sérvios ninguém fala, não existem culpados nem diabos para apanhar. A guerra é antiga e o problema não é facil de perceber, infelizmente o interesse é pouco e a memoria é curta.

"Mirsad Tokaca, director do Centro de Pesquisa e Documentação de Sarajevo (IDC), entidade autora do documento, precisou aos jornalistas na capital bósnia que, dos mortos, 64.036 são muçulmanos, 24.905 sérvios, 7.788 croatas e 478 de outros grupos étnicos.

É a primeira lista feita com base científica, que corrige um número na ordem de 329.000 anteriormente avançado por comissões étnicas. Para a comunidade internacional, a cifra considerada rondava os 200.000 mortos.

As três comunidades bósnias - sérvia, croata e muçulmana - nunca se puseram de acordo sobre do número total das vítimas da guerra.

Tokaca precisou que, do conjunto dos mortos, 59,18 por cento são militares e 40,82 civis.

Dos militares, 53,8 por cento são muçulmanos, 36 por cento sérvios e 9,78 por cento croatas."

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Ou seja em percentagem, números muito próximos. Não se justifica a diferença de tratamento.

domingo, julho 20, 2008

Antropologos que escrevem artigos de opinião como se fossem cientificos

Num país de ignorantes estas coisas escorregam que nem ginjas. Um referido cientista pode dar-se ao luxo de vir para um média expor as suas opiniões pessoais sob a capa dos seus títulos académicos, sem ter de as fundamentar minimamente. Pois que fundamento poderá ter dizer que uma casa num bairro social tem menos qualidade do que uma que não se insira neste tipo de urbanização mas que tem o mesmo tipo de construção, como é a generalidade dos prédios dos subúrbios. Além do mais como é que se "dilui" 1 família entre 20, sendo que a uma tem tendência para aumentar e as vinte para decrescer. É com remendos, é isso que a ciência dos povos diz? E num conflito entre duas etnias distintas o factor étnico é totalmente descartável? Muitas perguntas com muitas respostas, mas pelos vistos nenhuma delas verdadeiramente cientifica.


"Explosão social latente?
Bairros Sociais serão apenas alfobres de gente feia, porca e má ou territórios esquecidos pelo Estado que cedeu ao betão e ao experimentalismo social?"

sábado, junho 28, 2008

Tanto que se disse do Não irlandês.

Muito se disse que o não do referendo irlandês nada tinha a ver com as questões de politica externa, verdade ou não, era curioso saber os motivos do sim para uma campanha destas. Claro que os senhores que dizem essas coisas não olham para o seu umbigo.

Capitulo 2: Os transgénicos são a solução.

Os agricultores europeus, no entanto, não estão convencidos. Em Lomazzo, não muito longe do local da conferência da Comissão Europeia, pequenos campos de milho entremeiam as casas, numa área onde a urbanização compete fortemente com a ruralidade, e é ali que a família Guerra mantém uma propriedade de 50 hectares, onde 200 vacas produzem 2400 litros de leite por dia, vendidos sem qualquer tratamento - apenas filtrado e refrigerado - para distribuidores locais.
Nem as vacas comem alimentos transgénicos, nem o milho ali plantado é geneticamente modificado. "Enquanto não estiver provado que é cem por cento seguro, é melhor evitá-lo", afirma Massimo Guerra, responsável pela propriedade.


Pois, alguns agricultores são demasiado retrogrados para perceber onde é que está o futuro. Querem agora plantar milho normal, isso é coisa de velhotes e de gente antiga, onde é que já se viu andar a plantar coisas sem marca. Pois bem se a crise alimentar, é agora tida como certa, já se começam a pensar nas soluções e os transgénicos como já era de esperar vão surgir à cabeça nos investimentos da UE. Quem sabe se um agricultor para receber subsídios da comunidade não tem de se predispor a plantar milho transgénico. Eles criaram o problema, agora arranjam a solução, um truque muito velho.

E claro, os motivos desta coisa dos transgénicos estão ainda bem escondidos no fundo do baú.

domingo, junho 15, 2008

Tanta merda por causa do tabaco e afinal.

Os cientistas afirmam-se de acordo no princípio de que se, por um lado, não está formalmente provado que o telemóvel é nocivo, por outro lado existe um risco de que ele favoreça o surgimento de cancro em caso de exposição a longo prazo.

Ah pois é, qualquer pessoa com bom senso tem ideia de que andar com uma bateria de radiação colada à cabeça não deve ser muito bom para a saúde, mas isto vai ser muito complicado, porque os viciados do telemóvel são muito mais dependentes do que os viciados do cigarro.

sexta-feira, junho 13, 2008

Na minha janela a bandeira que ondula é a que tem as cores da Irlanda.

Não, não decidi abandonar a nação ou pátria que me deu berço, apenas seguindo a moda que por aí anda de colocar bandeiras à janela, decidi que esse uso excessivo de um símbolo nacional deveria ter um motivo importante. Pois isto é o mais importante que está a acontecer neste momento, é a história a ser feita, e cada um pode fazer parte dela, mais importante, preservar para o futuro aquilo que nos foi legado pelos nossos antepassados, mais do que uma pátria ou nação, a liberdade.

100% dos referendos são contra a constituição que anula as soberanias nacionais dos países que integram a UE.

A Irlanda ainda é verde (no mapa aqui acima devia ser fluorescente, pois irradia com a luz de homens livres que sabem quem são), UE é diferente de Europa, e isto hoje ficou visto com um não esmagador (100% dos referendos ao tratado constitucional da UE), que coloca a soberania de 27 países sob o domínio de uma organização sem rosto, que não é feita de países, mas de interesses infiltrados nesses países.

O povo mostrou que não é burro, toda a propaganda feita para erradicar do mapa as identidades nacionais europeias nos últimos anos não conseguiram apagar da alma das gentes a consciência, de que devem a sua liberdade ao chão que pisam, e que a única forma de o conseguirem é manter bem junto de si a soberania sobre esse. Os engodos lançados incessantemente, os fantasmas, os medos de não se sabe de quem, pois se a UE, por um lado, diz que precisa de ser forte para proteger a Europa, por outro, diz que a Europa não é nada, e que a Europa é de todo o lado. Pois bem, se querem uma constituição comecem a fazer por isso, comecem a proteger a Europa como deve de ser, protegendo e promovendo tão incessantemente as suas identidades, como agora fazem com as dos alheios.

quarta-feira, junho 11, 2008

Até o Fernando Pessoa dá voltas no tumulo.

Parece que uns hip-hopers se lembraram de pegar no Fernando Pessoa para fazerem umas músicas, acho bem, o Fernando Pessoa também era grande apreciador do género.

domingo, junho 08, 2008

Ok, sou comunista a atirar para o anarca e agora?

Estes testes de enquadramento politico são uma "viagem" demasiado louca para mim.