quinta-feira, fevereiro 28, 2008

O cristianismo, a psicologia e o etnomasoquismo europeu

No século XIX e inícios do século XX o anticlericalismo encontrou a sua expressão máxima nas diversas manifestações populares e intelectuais que tomaram parte na Europa essencialmente contra a igreja católica. A separação dos poderes entre a Igreja e o Estado foi disso mesmo um exemplo que não deixa dúvidas acerca das intenções de laicização da sociedade que os novos poderes pretendiam instituir. Se antes o eixo da vida se centrava na fé num deus, durante este processo de descrença religiosa do homem ocidental as atenções viraram-se concomitantemente para uma ciência marcada pelo positivismo científico e para a esperança num sistema económico liberal. A primeira, prometia a cura de todos os males e um homem totalmente saudável num mundo onde a ciência e a tecnologia simbolizavam o próprio progresso civilizacional; A segunda professava o direito natural que todos os indivíduos possuem de conquistar riqueza material. Assim sendo, a fé mudou de eixo paradigmático, deixando de se centrar no além para se fixar na melhoria das condições da própria vida terrena. Esta mudança de mentalidade acompanhou os diversos domínios da sociedade e a ida ao confessionário religioso, foi progressivamente substituída pela ida ao‘confessionário laico’. Na verdade as competências do psicólogo moderno roçam as do antigo padre católico. Deste modo não se pode ver neste processo uma verdadeira dicotomia, mas mais uma continuidade que, apesar de impulsionada pela nova mentalidade laica, vai beber o seu verdadeiro fundamento aos costumes antigos, possuindo ainda muito das velhas estruturas de pensamento que fundam a nossa Era e que chegaram quase intactas até aos nossos dias. Senão vejamos a semelhança entre a moral cristã e a psicologia contemporânea: apesar de todo este positivismo científico que quase toca as franjas do método experimental, o ‘psicológico’ assumiu nos tempos que correm, em cada um de nós, uma espécie de categoria mágico-religiosa com poderes inimagináveis capazes de transpor todo o tipo de barreiras, sejam elas de ordem social (como a falta de emprego que se ultrapassa através de uma atitude “pró-activa”); sejam elas de ordem da saúde individual e física como por exemplo as doenças genéticas ou os próprios vírus. É a “força” psicológica que o indivíduo possui que supostamente pode combater os problemas que lhe surgem ou mesmo impedi-lo de ser assolado por eles. Esta forma de pensamento assemelha-se em tudo à crença nos milagres concedidos pelas entidades beatificadas da cristandade, como sejam os santos ou pelo próprio Cristo. Só que o milagre já não se centra no exterior do indivíduo mas concentra-se no seu interior, consumindo-o de desejo por essa capacidade absoluta de domínio sobre si e controle da sua própria vida. E contudo, esta auto-afirmação do sujeito psicológico com poderes superiores que o tornam uma espécie de entidade transcendente à sociedade e às dificuldades da vida inerente a ela, será o último resquício de poder que o sujeito assume face às ameaças exteriores depois de ter sido desapropriado de toda a autonomia no mundo. Um último grito ilusório de auto-afirmação; uma prova dada de que ainda respira e é dono de si próprio.

Não será verdade que, o cristianismo aconselha o homem a dar a outra face ao seu inimigo, e que simultaneamente é recorrente a psicologia contemporânea procurar a todo o custo a adaptação do indivíduo ao meio? Ora quando o sujeito se adapta a um meio que lhe é hostil que se poderá dizer senão que essa forma de comportamento exige submissão? O mesmo género de submissão que o cristianismo exige aos seus crentes. Uma submissão que será igualmente do mesmo tipo daquela que um povo oprimido tem pelo seu líder déspota em troca de favores de protecção. Uma submissão que esconde a verdadeira natureza do homem ocidental e que o amordaça nas teias da cobardia. Uma submissão estrutural que o contamina desde há séculos e que na realidade em nada lhe pertence. Porque na verdade o cristianismo é-nos alógeno e não é conhecido que os povos pré cristãos na Europa fossem submissos. Eram povos guerreiros que conquistavam todos os dias, o seu direito aos territórios que ocupavam. A história pré-cristã europeia é uma história acompanhada por lendas de heróis e de Deuses guerreiros e não de mártires submissos e cobardes.

O medo sempre existiu. Mas sempre existiu também a sua contraposição, a coragem. A corrupção da coragem foi a consequência mais arrasante e destruidora que esta estrutura mental própria do cristianismo nos impôs dia após dia, ano após ano, século após século. Ela é o facto mais aterrorizador que alguma vez assolou uma civilização. Porque ela impede a mudança que se sonha dentro de nós e subjuga-nos a uma vida que não é nossa; tolhe-nos os sonhos e transforma-os em pesadelos; retira-nos todas as armas com que fomos dotados pelos nossos antepassados; transforma-nos em seres rastejantes dentro da nossa própria consciência; deixa-nos à mercê do inimigo; e faz-nos ver a sua imagem quando nos vemos ao espelho. O pecado e o medo do demónio existem para nos controlar e manter-nos dentro das marcas de submissão que um deus alógeno inventou para facilitar a execução dos seus planos em se tornar um deus único e universal. Um deus que não admite a ideia de existirem outros deuses diferentes de si. Um deus que se quer impor juntamente com o seu mundo globalizado e globalizante onde todos os povos serão um só produto híbrido genético e cultural. Nada lhe escapa – o indivíduo, a sociedade, o mundo. E nos dias que correm é ele o responsável por um etno-masoquismo europeu que instalou a culpa pelo nosso passado. Não se contentando em assassinar os nossos deuses autênticos; não se contentando em destruir os nossos heróis; ainda exige que nos envergonhemos deles, como se eles não tivessem sido aqueles que inspiraram os nossos antepassados nas lutas que combateram para se manterem vivos e nos deixarem o legado que foi o seu território, a sua história e o seu sangue, geração após geração até desembocar em nós, e só por isso estarmos aqui; e só por isso sermos nós; e só por isso estarmos vivos.

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Jamais! Jamais!

All or nothing

It is a deliberate strategy. Seeing that most equipment might have to be imported and that manufacturers in Germany and Denmark were overwhelmed, the government set about creating a home-grown renewables industry.

To Portuguese politicians, this seemed a dream formula: cure the climate, cut out imports and create jobs. It was all or nothing.


Andamos a ser governados por mongos que só conseguem ver no máximo até 4 anos de distancia. Quantos malucos já vinham a dizer há mais de 10 anos estas coisas. Quantos não dizem hoje coisas de loucos, que daqui a 10 anos vão ser tidas como inovadoras pelos fracos da vista. Outras só daqui a 100, algumas nunca? Esperamos que não.

Quando a maioria é medíocre, os génios passam por retardados.


Capitulo 1: A Batata

O aumento da procura alimentar na China e Índia, o aumento do consumo de carne, a aposta de vários países em biocombustíveis (que integram na sua produção cereais) e as más colheitas em 2007 são alguns do factores que têm contribuído para o encarecimento dos bens alimentares a nível mundial. Recentemente, a FAO (Organização Alimentar e de Agricultura) avisou que dificilmente esta tendência inflaccionista irá abrandar nos próximos tempos.

Como é teoria da conspiração não vou citar fontes, que é para ficarem na dúvida.

Claro que aos mais inteligentes estas justificações fazem todas sentido, os mais ignorantes vão ficar com dúvidas. Porque é que num mundo que nunca teve tanta gente para trabalhar, e onde nunca se trabalhou tanto (não falo do pessoal que anda a ler blogs na net) existe falta de comida? Já para não falar de que já não existem guerras feias como aquela segunda não é? Ora se um estado não está em guerra porque é que as pessoas passam fome? Das duas uma, ou se está em guerra e se passa fome por isso, que foi o que aconteceu na altura do Estado Novo, ou então temos escravos famintos. Claro está, porque é que quando os lucros aumentam nas empresas os ordenado não sobem? Porque haviam os lideres do mundo livre, e do mundo escravo, dar de comer aos pobres, se os pobres mesmo de barriga vazia continuam a trabalhar.

Próximo Capitulo: Os transgénicos são a solução. Não perca porque nós também não.

Sudão vai expulsar organizações dinamarquesas do país

O presidente do Sudão, Omar el-Beshir, anunciou hoje que vai expulsar organizações dinamarquesas e boicotar produtos deste país, além de censurar as entidades dinamarquesas, em retaliação pela publicação de caricaturas do profeta Maomé na Dinamarca.

(Epá, também o que é que os dinamarqueses andam a fazer no Sudão.)

Entre as organizações dinamarquesas presentes no Sudão estão o Conselho Dinamarquês para os Refugiados e a Cruz Vermelha Dinamarquesa, que actuam principalmente na região do Darfur.

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Quanto a boicotar, o Sudão não deve ser grande importador de coisa nenhuma, a não ser de dinheiros comunitários.

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

A Opera vai salvar o Mundo!


A Opera mas não é esta, é aquela que decidiu apoiar o Obama. É que desde essa altura que muita gente aparece a falar de política aí pelas esquinas. Esperemos que não se fiquem por aqui.

terça-feira, fevereiro 19, 2008

Portugal vai reconhecer Kosovo "na altura própria"

Os analistas dizem que será algures entre o momento em que o PM baixar as calças e o momento em que as voltar a subir.

Ah seus terroristas EUROPEUS!!!

[...]estragos causados de manhã por SATSIMERTXE SOPURG de sérvios do Kosovo[...]

Grupos extremistas malandros! Fazem estragos por qualquer coisa, como se roubar uma região fosse coisa para tanto alarido e violência. Uns verdadeiros bárbaros. Coitados dos albaneses, ainda vão deixar de receber o subsidio social da Sérvia e ainda têm de aturar estas coisas. O que vale é que a UE sabe ajudar quem precisa.

domingo, fevereiro 17, 2008

"Gondor independente e livre"


Eis que quando o feiticeiro branco cofiava a sua longa barba, desprovido de fé nos deuses do ocidente, apenas com a lucidez da sua razão e muita esperança nos Homens novos, que como imaturos jovens ainda lutavam pelas suas causas e pela sua sobrevivência, viu o olho de Sauron apagar-se por entre as trevas de Mordor.

A noite era de festa em Gondor, todos os cidadãos desdobravam-se em preparativos para dar a boa nova. Até meio do dia seguinte todos tinham que ser informados, os faróis da cidade branca passariam a ser o símbolo de uma terra média livre, sem fronteiras. Os últimos bastiões do outrora domínio do senhor negro, mantidos por diversas espécies de criaturas degeneradas pela sua ignorância, recusaram-se a aceitar a derrota, resistindo cegamente e tentando a todo o custo travar a nova era que se avizinhava. Não constituiam problema, mesmo os mais remotos, facilmente cederiam ao inevitável avanço do exercito novo, tão imenso que os seus estandartes seriam visíveis de todos os cantos do mundo. Era apenas uma questão de tempo. Os cavaleiros negros da marca, resistindo furiosamente, tão ágeis no braço como no insulto ainda provocavam algum estrago, mas muitos de entre eles também estariam dispostos a aderir à nova ordem levados pela visão da nova era.

O feiticeiro branco cofiava a sua longa barba reflectindo sobre a forma perfeita como tinham corrido os seus planos, e não podiam ter corrido de outra forma, depois de mortos todos os que podiam de alguma forma por em causa a defesa da cidade branca, e tendo o inimigo sido corroido nos seus alicerces pelos espiões que ele enviou, não era preciso fazer mais nada a não ser esperar. Esperar que quando provocado o senhor negro enviasse as suas tropas, as poucas que conseguisse reunir, para se esmagarem contra a fortaleza que ele tinha preparado. Mas nem isso, os orcs vazios na sua graça tinham sido fáceis de comprar, a vergonha que tinham pelo que eram, era o combustível invisível que ele precisava para incendiar Mordor.

Nessa noite nenhum Gandalf apareceu. Há muito tempo que ele já se tinha visto livre de todos os outros feiticeiros. Agora ele, Saruman, depois de ter destruído o último dos senhores da 3ª Era, podia finalmente deixar de ser Saruman O branco para passar a ser O de todas as cores.

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

La la la human steps

Para ver e apreciar daquilo que de bom ainda se faz no Ocidente.